Foram necessárias 4 horas, 54 minutos e cinco sets para Andy Murray, de uma só vez, vencer Novak Djokovic, conquistar pela primeira vez um Grand Slam em sua carreira, encerrar um jejum histórico que durava simplesmente 76 anos e quebrar um domínio quase interminável do trio formado por Rafael Nadal, Roger Federer e do próprio sérvio em Majors. Depois de quatro tentativas frustradas e muitas críticas, o britânico confirmou o bom momento que vem desde a final de Wimbledon e bateu Djoko na final do US Open por 3 sets a 1, parciais de 7-6 (12-10), 7-5, 2-6, 3-6 e 6-2.

O 24º título na carreira de Murray não é só histórico para ele, que havia perdido quatro finais de Slam antes da decisão no Arthur Ashe Stadium – três para Federer (US Open-2008, Australian Open-2010 e Wimbledon-2012) e uma para o próprio Djokovic (Australian Open-2011). Em 1936, no mesmo mês de setembro, no mesmo dia 10 e no mesmo US Open, Fred Perry levantava aquele que seria o último caneco de um britânico em Majors em 76 anos.

O escocês, primeiro nativo da Grã-Bretanha a se sagrar campeão na era profissional do esporte (a chamada Era Aberta, que começou em 1968), também encerra um domínio que jamais foi visto nos quatro principais torneios do tênis. Há onze Slams que um campeão inédito de torneios deste porte não era conhecido, na maior sequência da história da Era Aberta – o último ‘novato’ a entrar para o seleto grupo de campeões havia sido o argentino Juan Martin Del Potro, nos Estados Unidos, em 2009.
O título conquistado pelo quarto do mundo – que será confirmado como número três, ultrapassando Nadal na lista da ATP – também encerra um período de ‘marasmo’ no circuito masculino. Desde 2003 que os Grand Slams não tinham quatro diferentes ganhadores no mesmo ano.


Credito: espn.com.br / Imagem: Reuters