À medida que a Internet cresce, a popularidade das compras online também aumenta nos sites de e-commerce. As estimativas mais recentes na América Latina indicam que devem ser gastos US$ 21,8 milhões em 2010 com o comércio eletrônico – valor que especialistas esperam que seja elevado até 58% em 2011 e, que está chamando atenção de criminosos cibernéticos em todo o mundo.

Pensando na segurança do internauta, a equipe global de analistas e pesquisadores da Kaspersky Lab preparou uma lista com as principais ameaças e fraudes utilizadas no fim de ano, além de dicas para o usuário efetuar as compras.


As ameaças mais comuns

* Engenharia Social – essa técnica usa, normalmente, o senso de urgência para atrair a atenção do internauta, oferecendo, por exemplo, uma grande oferta por tempo limitado. Essas promoções falsas podem levar a contaminações geradas por websites e e-mails inescrupulosos; links infectados; e até mesmo mensagens maliciosas do Twitter.
* Phishing – e-mails, supostamente, de organizações legítimas solicitando doações a pessoas carentes durante as festividades ou indicando produtos para as compras de final de ano. Na verdade, os links dos e-mails levam a websites maliciosos e coletam as informações pessoais e de cartões de crédito do remetente.
* Cupons de Natal – os criminosos estão usando websites e e-mails maliciosos com cupons promocionais falsos para roubar o dinheiro dos usuários que buscam economizar nas compras de fim de ano.
* Resultados de busca infectados – Também conhecido como Blackhat SEO. Os fraudadores manipulam as ferramentas de busca para que os links maliciosos sejam os primeiros na lista de resultados. Eles levam a vítima a páginas que infectam o computador para roubar dinheiro e/ou a identidade das vítimas.
* Fraudes em redes sociais – mensagens postadas automaticamente no perfil do usuário por amigos que tiveram as contas comprometidas ou recados particulares que pareçam suspeitos levam, frequentemente, a sites maliciosos ou a softwares projetados para roubar dinheiro. Com o uso difundido das redes como Facebook e Twitter, esse tipo de ameaça está se tornando cada vez mais comum. O Koobface é um tipo particular de ameaça com foco nas redes sociais, com mais de 1.000 versões diferentes desse malware detectados.

Os alvos favoritos dos criminosos cibernéticos

Como sempre, o alvo é o dinheiro do internauta. Segundo a pesquisa mais recente da Kaspersky Lab, os criminosos cibernéticos tentam enganar as pessoas ao utilizarem nomes confiáveis de lojas virtuais, companhias aéreas, bancos, sistemas de cartões de crédito ou serviços de entrega conhecidos para distribuir softwares maliciosos, tais como Trojan-Banker.Win32, Trojan-Spy.Win32 ou Trojan-PSW.Win32, produzidos na América Latina. Esses malwares são capazes de roubar todos os tipos de informações sigilosas e não apenas os dados financeiros da vítima.

Outra fraude comum envolve as ofertas de iPhones e outros smartphones de forma gratuita e de recarga para celular, que são publicadas como sendo de operadoras de telefonia móvel oficiais. Essa é outra tendência típica da América Latina. Ao contrário do resto do mundo, os criminosos cibernéticos latino-americanos preferem táticas de engenharia social ao invés de explorar vulnerabilidades de softwares. Isso inclui ataques direcionados, via MSN ou e-mail, por exemplo, vindo de amigos que tiveram as contas controladas pelos cybercriminosos. Esses ataques levam a websites maliciosos, que fazem o download de Trojans bancários para roubar as informações financeiras das vítimas.




Mais de 60% de todos os malwares na América Latina tentam roubar informações confidenciais, especialmente dados bancários. Isso inclui o Como exemplo temos o SpyEyes, um dos mais potentes malwares do mundo, que visa, exclusivamente, países que utilizam o idioma espanhol. O SpyEyes é ainda mais perigoso do que um dos botnets trojans mais famosos e comentados do mundo, o Zeus, e a sua existência comprova que os criminosos cibernéticos estão levando a América Latina muito a sério.




Brasil

A atividade maliciosa na internet brasileira tende a ter um aumento considerável no final do ano, em comparação com outros meses do ano, especialmente pela disseminação de trojans bancários e outras pragas com a finalidade de roubar dados do usuário:







Dicas de segurança

Antes de efetuar as compras:

1. Saiba o que e de quem você está comprando. Dê preferência a websites conhecidos, de boa reputação, confiáveis e, que tenham números de atendimento ao cliente e endereço físico. Sempre fique atento ao comprar em novos locais.
2. Mantenha o seu computador e solução antivírus atualizados e seguros. As ameaças explicadas acima ocorrem normalmente sem serem detectadas e acontecem em seu navegador. Portanto, atuam facilmente se não houver a proteção correta. Certifique-se também de usar sempre a última versão dos programas, incluindo navegador e sistema de operacional.
3. Esteja atento ao receber cupons eletrônicos que você não tenha solicitado. Isso pode ser uma tática dos criminosos cibernéticos para roubar seu dinheiro, sua identidade ou ambos.
4. Sempre siga a regra de ouro da compra on-line: quando algo parece muito bom para ser verdade, desconfie. Evite ofertas e promoções irreais.

Ao fazer suas compras:

1. Sempre digite o nome do website que você quer visitar na barra de endereço do navegador.
2. Sempre vá diretamente ao endereço real do website das organizações de caridade para as quais deseja fazer uma doação. Nunca clique em links fornecidos em e-mails ou em resultados de ferramentas de busca.
3. Certifique-se de que sua transação está criptografada e que a sua privacidade está protegida. Muitos sites usam o protocolo SSL (Secure Sockets Layer) para proteger as informações. Verifique a URL do seu navegador para garantir que ele começa por “[Somente usuários registrados podem vem os links. ] e tenha o ícone de um cadeado fechado do lado direito da barra de endereço ou na parte inferior da janela. De acordo com as tendências mais recentes de malware, isso não é garantia, mas é um indicador útil sobre a segurança do site.
4. Utilize um cartão de crédito exclusivo para compras on-line.
5. Utilize senhas difíceis e não utilize as mesmas palavras-chaves para todos os websites. Evite utilizar termos e frases comuns.
6. Para evitar o roubo de informações pessoais em compras tradicionais, mantenha sempre o cartão de crédito próximo a você e utilize caixas eletrônicos conhecidos e de confiança.

Depois de fazer suas compras:

1. Verifique seus extratos de banco e de cartões de crédito para conferir se há erros e transações suspeitas.
2. Utilize um serviço de monitoramento de crédito para alertá-lo sobre possíveis problemas.


Fonte: Guia do PC