Alguns instantes postei o artigo intitulado “Defenda seu trabalho“. Após ler um artigo no LogoBR lembrei de um ítem que esqueci de mencionar: não defenda com abobrinhas. E foi isso que o Jornal da APA-SUL fez. Vamos lá colocar em texto o que escreveram: NOTA O fundo elíptico significa que o universo atual está em expansão (não é estático) a partir do big-bang – a grande explosão – ocorrida a 15 bilhões de anos. Fatualmente, é difícil saber se o universo está expandindo. Alguns cientistas ainda acreditam que o universo é infinito. Como não existe infinito + 1, o universo não pode expandir. Mas, ok, vamos deixar essa passar. NOTA Já as setas abertas e coloridas significam: a superior percepção milenar de que o Planeta Terra era verde, percepção eta (sic) que só foi modificada por Yuri Gagarin, o 1o homem a entrar em órbita em 1958, quando disse perplexo e estupefato: Nossa! A Terra é azul (coloração da seta inferior e o fundo também azul da Elipse). Yuri Gagarin foi de fato o primeiro homem a ver com os próprios olhos de que a Terra é azul. Mas antes disto, o homem já sabia que era. Afinal de contas, é só ver mapas do início de 1900! Boa parte do planeta já estava coberto de água. NOTA A descontinuidade das setas significa que a produção do saber ocorre por rupturas, como afirma Thomas Kuhn em seu livro “A Estrutura das Revoluções Científicas” e não somente por adições ao conhecimento anterior. (Exemplos emblemáticos das rupturas: a heuréka de Arquimedes, o silêncio imposto pela Igreja a Galileu Galilei, a Teoria da Incerteza da Mecânica Quântica de Werner Heisemberg). Ok, te dou essa. Mas… NOTA Trocando em miudos: nossa logomarca (sic) pretende refletir (o) emblema ético e paradigmático da nossa forma de ver, pensar e agir no mundoÇ nossas convicções e práticas que nos colocam todos em um mesmo “barco cósmico comum” fruto que somos da grande explosão (big-bang) ocorrida há bilhões de anos. Coloca-nos irmãos, como diz Leonord Boff, da lesma à galáxia mais distante. Agora a grande pergunta é: o que isso tem a ver com um jornal de uma área de preservação ambiental? Simples: nada. Quem escreveu o texto não foi o suposto designer. Não vou entrar no mérito de discutir se o tal Júlio Cesar era de fato designer (pelos erros gravíssimos que nenhum designer deixaria passar na hora de criar um logo). Mas por que esse tal Renato Quintino dos Santos foi quem descreveu o trabalho do outro? Interpretações podem ser tão mal feitas de vez em quando: Então, fica a dica: se você for defender seu trabalho, não invente significados para algo que você criou sem pensar em ter um significado. Inspiração: LogoBR Fonte: DesignBlog
Última edição por Hiro; 17-08-2010 às 03:15 PM.
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